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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Chico César: secretaria de cultura do Estado da Paraíba

POR AMILTON PINHEIRO

Político: Ser ou não ser 
O Secretário de Cultura da Paraíba, o cantor e compositor Chico César, fala sobre as críticas que vem recebendo da classe cultural, das dificuldades de gerir uma pasta num estado com tantas carências e de sua carreira.

Assim que assumiu a secretaria de cultura do Estado da Paraíba, em janeiro de 2011, Chico César foi convidado para participar de um evento com todos os outros secretários e o governador eleito Ricardo Coutinho. Ele se sentou numa das cadeiras reservadas para os secretários. Um dos seguranças do local se aproximou dele e pediu para que se levantasse, pois aquele lugar estava reservado para autoridades. O recém-secretário empossado olhou para o segurança e, educadamente, disse: "Eu posso até não parecer, mas eu também sou autoridade", e continuou sentado. Chico não quis revidar o segurança, que para ele apenas reproduzia o que lhe foi passado. "O Brasil vem mudando profundamente depois do governo do Lula e agora com a presidenta Dilma. Até pouco tempo, as autoridades eram herdeiras das "Capitanias Hereditárias"; José Sarney, Fernando Collor de Melo. Mas o feito histórico de ter colocado um pernambucano, caboclo e metalúrgico na presidência da República vem mudando tudo isso. Eu sou negro, feio, não me visto como uma autoridade e tenho o cabelo desgrenhado. Nesse modelo anterior, eu era tudo, menos autoridade. Depois do Lula tudo isso mudou, e agora o Brasil está cada vez mais parecido com o Brasil", esclarece Chico César, que responde sobre as críticas que vem recebendo da classe artística em seu estado, as realizações que vem fazendo na secretaria de cultura (antes do governo do Ricardo Coutinho, era uma subsecretaria) e sobre a carreira de cantor (em junho ele irá lançar o DVD Aos Vivos, pela Biscoito Fino, baseado no primeiro CD de sua carreira). Chico diz, ainda, que é vítima de preconceito por causa da cor da sua pele e da sua aparência. "As pessoas têm que se acostumar com as diferenças. Sou baixinho, negro, feio e me visto com roupas mais extravagantes. Eu não preciso vestir sempre terno e gravata e esconder meu cabelo black para ir a uma solenidade. Sei que muitas das críticas que me fazem não têm legitimidade, outras, no entanto, sei que têm. Antes de ser secretário da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) e agora da secretaria de cultura do estado, já era um cara politizado. Sou político agora, mas amanhã não serei mais. Vou estar do outro lado, reivindicando, como eles (a classe artística da Paraíba). Mas volto a insistir; muitas das críticas que me fazem não têm legitimidade, e minha gestão não pode ficar refém dessas críticas." "POSSO SER ATÉ MAIS FELIZ SÓ COMO CANTOR, MAS ISSO ME LIMITA MUITO COMO SER HUMANO, POIS SEMPRE FUI UM SER POLÍTICO" 

 Veja a matéria completa no site da revista Raça Brasil 
http://racabrasil.uol.com.br/cultura-gente/165/politico-ser-ou-nao-ser-o-secretario-de-cultura-255268-1.asp">

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